O IPÊ À MINHA JANELA
(Este poema eu fiz ao ver o Ipê Rosa que está à minha janela, nele eu vi a minha vida, bem como a de todos...)
É preciso ser poeta para perceber
a tempo as flores de um Ipê antes que elas caiam
forrando o chão como um tapete aveludado e em alto relevo.
É preciso ser poeta para perceber
que o Ipê tem suas próprias estações,
contrariando a natureza,
quebrando tabus e se mostrando como quer.
É preciso ser poeta para perceber
que o Ipê com flores de cores suaves e esplendorosas,
possui copas largas e acolhedoras.
É preciso ser poeta para perceber
tudo o que um Ipê nos quer ensinar em sua rápida transição,
uma grande lição de vida:
quando está totalmente seco, sem nenhuma folha,
aí sim, aí sim floresce tornando-se a mais bela das árvores
com flores amarelas, brancas ou rosas, como o Ipê à minha janela!
É preciso ser poeta para perceber
e aprender com um Ipê que nos momentos difíceis temos que florescer
para atrair o novo e o belo à nossa vida.
É preciso ser poeta para perceber
ao amanhecer a névoa que cobre as flores de um Ipê,
uma visão do paraíso;
a alma do poeta deixa seu corpo para flutuar sobre ele.
É preciso ser poeta para perceber
e aceitar que num amanhecer as flores do Ipê não mais estarão à janela...
É preciso ser poeta para perceber
que após o tapete de flores,
o verde das folhas rapidamente cobrirá o Ipê
e a luz do sol se refletirá
completando a fotossíntese da vida.
É preciso ser poeta para perceber
e aprender com a poesia de um Ipê.
É preciso ser Ipê para atrair a atenção do poeta...
Salette Granato
03/09/08
SALETTE GRANATO
Enviado por SALETTE GRANATO em 08/11/2010
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