Sinopse:
"Do que se compõe a prosa deliciosa e terna de Salette Granato? (Re)folheio uma a uma as páginas que compõem este livro e a resposta me vem rápida: do cotidiano, das coisas simples e grandiosas, dos pequenos acontecimentos, das surpresas do dia a dia, das lembranças. É isso: a cronista é uma colecionadora de lembranças grandes e pequenas, do exercício de não se esquecer do que habita e habitou seu mundo interior. O cronista é, via de regra, isso: alguém que observa, guarda com os sentidos, reinventa, torna delicado aquilo que o circunda ou, então, faz a crítica e a divide com seu leitor. Confesso que conhecia bem a poeta, mas a cronista veio e me surpreendeu, que bom é ler Salette, esta Granato que faz mágicas com as palavras. Aqui, uma cena de filme de terror; ali, um Santos Dumont admirável e acolá um coelhão amarelo. De que se compõe mesmo a prosa dessa linda e querida amiga da Academia Jacarehyense de Letras, presidente da instituição, mãe de duas adoráveis criaturas e cujo sentimento está sempre à flor da pele? Impossível responder se não considerarmos que de tudo um pouco e um pouco de tudo. Ao observá-la andar entre os comuns mortais, é possível que se observe nela um pouco de uma bailarina com sua graça e desenvoltura, mas, certamente, é ao olhar para ela que se nota o olho que tudo vê, que tudo observa, que tudo enxerga. Esse é seu segredo: o mundo interessa a ela não apenas como algo a se observar; tudo que a cerca é lição..."(Profª e escritora Esther Rosado)