SAUDADES DO GRANDE GUERREIRO AYRTON SENNA
No último 1º de Maio lembramos com muita tristeza a perda de Ayrton Senna da Silva. Há quinze anos perdi meu ídolo, herói das minhas manhãs de domingo. Às vezes, também aparecia nas madrugadas, enfrentando as batalhas nas pistas de alta velocidade.
Como foi triste perder meu herói, que despertou o meu interesse pelas corridas de Fórmula Um. Em cada volta ia com ele, em cada curva me realizava com meu irmão, brasileiro, valente, destemido, mas, muito mais, muito mais um cavalheiro, doce como uma manga, bem amarelinha e carnuda. Era assim que via Ayrton Senna do Brasil, como era conhecido mundialmente, amante dos esportes, respeitoso com a nossa gente e com seus companheiros pilotos. Levantava não só a nossa bandeira no pódio, como também a nossa bandeira de respeito, solidariedade e cidadania.
Apesar da minha tenra idade, amava corrida de Fórmula I, naquela época das doces manhãs de domingo, quando preparávamos a tradicional macarronada com frango assado, como bons descendentes italianos, contava com a presença, hoje saudosa, de meu pai, que fazia questão de ter como sobremesa um grande, aliás, muito grande pudim de leite condensado. E o Ayrton conosco, na nossa sala nos trazendo alegria, nos dando lição de superação, com sol ou chuva, levando seu Fórmula Um no braço, como nunca se viu. Talento de sobra havia, ninguém discutia; a chuva ele preferia. Os problemas nas pistas, a falta de segurança, isso o aborrecia, mas não perdia a sua supremacia. Que pena, ele se foi e levou a nossa alegria!
Naquela época, o nosso País passava por muitas dificuldades e ele nos ajudava a conviver com elas, fazendo-nos acreditar num futuro melhor.
Quem não se lembra da volta que dava, toda vez que ganhava, com a nossa bandeira empunhada, no seu Fórmula Um, mostrando para o mundo a potência que sonhava? Ações sociais também praticava!
Quem não se lembra da emoção sentida, após cada vitória, a música tocada: “Tema da Vitória”, feita especialmente para vitórias brasileiras pelo Maestro Eduardo Souto Neto, com um grande arranjo musical e tocada pelo maior grupo da MPB, Roupa Nova, que acabou virando a marca das vitórias de Ayrton Senna?
Saudades, saudades... O meu ídolo se foi muito cedo, eu fiquei de coração partido e comigo o Brasil inteiro, ficamos órfãos das alegrias e nunca mais nos esquecemos do que vimos no circuito de Ímola: Nosso herói preocupado, orava com suas mãos impostas sobre seu carro, minutos depois teria seu sangue derramado na Curva Tamburello, sem nenhuma chance de chegada na reta final, chegara à reta final de sua vida.
Ayrton nos deixou, cada brasileiro morreu um pouco com ele e para mim acabaram as corridas de Fórmula I, a última que assisti foi da sua despedida e a dor sentida a cada 1º de Maio é revivida.
O País parou para velar o seu herói: Ayrton Senna do Brasil, assim gostava de ser chamado.
Não poderia deixar de um dia prestar minha homenagem ao meu querido amigo, que nunca conheci, que durante muito tempo participava na minha casa dos almoços familiares de domingo, ao meu irmão Ayrton Senna do Brasil, Tricampeão Mundial de Fórmula I, brasileiro, guerreiro, cavalheiro e um exemplo até hoje de força e boa vontade, que elevou o nome do nosso País mundialmente, tornou-se admirado e respeitado como exemplo de boa conduta e disciplina e que até hoje nos inspira!
Saudades do Grande Guerreiro Brasileiro!
Salette Granato
SALETTE GRANATO
Enviado por SALETTE GRANATO em 16/05/2009
Alterado em 16/05/2009